sábado, 24 de março de 2012

Será que você entende?

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Em primeiro lugar, graça e paz meus irmãos! Dias atrás recebi um e-mail da minha irmã com um texto do Max Lucado. Pra quem não conhece o Max, ele adora aprofundar nas histórias bíblicas utilizando a imaginação e a graça de Deus para nos mostrar toda emoção envolvida em cada narrativa.
Neste texto ele mostra o dilema que Jesus viveu quando teria que assumir o seu ministério. Nessa brilhante narrativa, Max nos leva a entender o porquê de Jesus ter partido em sua missão.
Espero que o texto edifique a vida de vocês.

Ele deixou a carpintaria...
Imagino o que ele pensou ao dar a última olhada na sala. Talvez tenha parado por um instante na bancada, olhando para a pequena sombra projetada pelo cinzel e os cavacos de madeira. Talvez tenha prestado atenção nas vozes do passado que enchiam o ar.

Fico pensando se ele hesitou. Se seu coração estava partido. Se segurou algum prego nas mãos pensando na dor que sentiria...

A partida deve ter sido difícil. Afinal de contas, a vida de carpinteiro não era ruim. Não era ruim mesmo. Os negócios iam bem. O futuro era brilhante, e o trabalho era agradável...

Fico pensando se ele quis ficar. "Poderia fazer um bom trabalho aqui em Nazaré. Estabelecer-me nesta cidade. Ter uma família. Ser um líder da comunidade."

Penso assim porque sei que ele já havia lido o último capítulo. Ele sabia que os pés que se afastariam da sombra segura da carpintaria não descansariam até que fossem perfurados e pregados numa cruz romana.

Sabe, ele não precisava partir. Ele tinha escolha. Poderia ter permanecido. Poderia ter ficado de boca fechada. Poderia ter ignorado o chamado ou no mínimo deixado pra depois. E, se tivesse optado por ficar, quem saberia? Quem o culparia?

Mas o coração não o deixaria fazer isso. Se houve alguma hesitação da parte de sua humanidade, ela foi vencida pela compaixão de sua divindade. Sua divindade ouviu as vozes. Sua divindade ouviu o clamor desesperado do pobre, as acusações amargas do abandonado, o desespero da incerteza daqueles que tentam salvar a si mesmos.

E sua divindade viu os rostos. Alguns franzidos. Alguns chorosos. Alguns ocultos por trás de véus. Alguns obscurecidos pelo medo. Alguns sinceros em sua busca. Alguns pasmos diante do tédio. Do rosto de Adão à face da criança que nasceu em algum lugar do mundo enquanto você lia estas palavras, ele viu a todos.

E você pode estar certo de uma coisa. Dentre as vozes que ecoaram naquela carpintaria em Nazaré, estava a sua voz. Suas orações silenciosas, feitas num travesseiro manchado de lágrimas, foram ouvidas antes mesmo de serem feitas. Suas dúvidas mais profundas sobre morte e eternidade...

Ele partiu por sua causa.

Em Jesus, 
Samuel Yohei
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